sexta-feira, 29 de abril de 2011

GRANDES CAVALOS

No Quadro GRANDES CAVALOS de hoje, teremos Maxxion, um lusitano pelo qual tenho um grande apreço. Conheçam a hostória deste importante cavalo:

Amor, como só se tem pelo filho pródigo.

Dizem que os mais amados são os filhos que dão trabalho, que nos fazem perder a paciência, e nos trazem preocupação, como na parábola bíblica do filho pródigo. Com relação a meus filhos biológicos, não posso confirmar essa crença, mas posso fazê-lo com meu filho de 4 patas.
O Maxxion chegou a mim da pior maneira possível: veio substituir uma égua que não veio,  e pelas mãos de gente em que não se deve confiar. Ele era um garanhão que até então acreditava-se jovem, e que, confirmadamente, era genioso, temperamental, e tentara assassinar um tanto de tratadores...

              Cai no primeiro salto, que ele, com certeza, não notou que era apenas um xis, como ademais, continua fazendo até hoje (a amazona é que agora está esperta.) Fui desclassificada, alternadamente, por queda ou por perda total do controle, em todas as provas que participei por 8 meses. E não só eu, meu “bebezão” desclassificou por duas vezes um bom cavaleiro profissional, na frente de todo mundo... passada a vergonha, pensei: pelo menos não é só comigo.
O que fazer com aquele rapaz tão lindo, tão cheio de orgulho e altivez mas que de forma tão implacável me mostrava meu lugar? O fato é que ninguém sabia muito bem o que fazer... a castração não adiantou, treinamentos, clínicas...nada!

            Mudei de hípica e as coisas começaram a mudar: iniciando-se pela idade do Maxxion. Depois de alguns exames veterinários, algumas pesquisas de registro  e algumas conversas com gente do Haras Itapuã, de onde ele veio, descobri que  potro que me tinham vendido, tinha, na verdade, 15 anos!
Um misto de sentimentos me invadiu: falou primeiro a advogada que cobrou extrajudicialmente e consegiu reaver parte de seu dinheiro de volta ( o que todos os muitos que passaram por isso deveriam fazer.). Depois falou a amazona: será que com essa idade, os problemas dele têm jeito? E por fim falou a mãe preocupada: eu castrei um cavalo de idade... que irresponsabilidade! Ele estava trabalhando como um potro...
Mudamos os treinamentos e meu lindo lusitano, agora nas mãos do Ivo Roza, passou a me entender mais e eu a respeitá-lo incondicionalmente. Terminamos (e ganhamos) a primeira prova no final de agosto, em Recife, exatos 8 meses depois de tê-lo comprado. Achava que nunca iria sentir tanto medo em minha vida, mas outras provas vieram e o misto de sentimentos que Maxxion me trazia estava sempre lá: medo, orgulho, respeito, dúvida, e ao final: alegria! Por que ganhei, por que perdi com classe, por que melhorei, por que fui, quando não queria ir, e, principalmente, por estar junto com ele.
            
                  Dessa maneira, ganhamos tantas provas que nem me lembro, e ainda temos muitas pela frente! Fomos campeões norte-nordeste, vice brasileiros, e mais que isso, companheiros inseparáveis de todos os dias.
Maxxion tem hoje 18 anos, completos em 23 de setembro de 2010 e uma saúde de ferro. Além disso, continua mal-humorado e genioso. Porém, onde eu só via mau temperamento no início, hoje identifico uma honra inabalável, um caráter inflexível, uma altivez de príncipe que me fazem ter por ele o respeito que só se tem por um pai carinhoso e o amor que só se tem pelo filho pródigo.

...Voltei... Tenho muito respeito e carinho por todos os cavalos, em especial por este, que me  mostrou caráter, qualidade e coragem. Sou seu Fã!!!!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

FALA AÍ: CEL. WELDON NOGUEIRA


    O Blog Dica de Padock estréia o quadro Fala aí. Vamos entrevistar diversas personalidades do mundo equestre e perguntá-las sobre temas importantes do hipismo. Nossa entrevista de inauguração é com uma das pessoas mais importantes e carismáticas do hipismo nacional, Cel. Weldon Rodrigues Nogueira.

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     Figura ilustre do nosso esporte, "o coronel", como costumamos chamá-lo, desempenha papel fundamental no desenvolvimento do hipismo Norte e Nordeste. Cavaleiro, instrutor, pai, conselheiro, trabalhador, amigo e carrasco, são alguns adjetivos marcantes nesta figura. Abaixo, posto a entrevista concedida ao nosso Blog:

Dica de Padock: Como começou sua história com o cavalo? O que o levou a começar a montar e como foi esse início?

Cel.Weldon:   Minha história com o cavalo começou ainda criança, pois montava perto do Jockey Club de Recife e sempre gostei de cavalos. Com 15  anos de idade junto com mais 04 amigos já tínhamos cavalos de corrida. Depois entrei na Polícia e começamos a praticar com o então TC. Ricarte o salto. O início foi muito difícil só consegui pista depois da terceira prova, no ano seguinte consegui uma vaga para a escola e Equitação(1980) e ai fiz o curso de instrutor na Escola de Equitação do Exército. 

Dica de Padock: Atualmente, como é sua rotina de trabalho com os cavalos? Depois de tantos anos no hipismo, qual o método que julga eficiente?

Cel.Weldon:   Atualmente a rotina é diária, de 3ª feira a domingo, os cavalos que salto, trabalho pela manhã e deixo a parte da tarde para dar aula de baixo.Os cavalos normalmente saltam 02 dias na semana e os outros dias ficam para trabalho, quando tem um cavalo que exige um pouco mais de atenção fazemos mais um dia de salto na semana.
Dica de Padock: Qual a sua avaliação do Circuito Norte e Nordeste de Hipismo e nível dos cavaleiros e amazonas no Norte e Nordeste?

Cel.Weldon: O circuito norte nordeste é uma realidade que temos que fazer força para mantê-lo, é a única regionalização bem sucedida no país. Atualmente não estamos atravessando um momento de muitos conjuntos, mas é a fase de renovação e precisamos insistir nas categorias de base para que possamos ter uma renovação mais rápida e patrocinadores para que possamos realizar bons eventos. Não deixar de investir na infra estrutura dos clubes, pisos, baias, melhores condições para tratadores, cavaleiros, etc, tudo visando oferecer uma condição melhor para os cavaleiros, cavalos e assistência.

Dica de Padock: Qual é a sua avaliação sobre a criação de cavalos de salto no Nordeste e o comércio desses cavalos?

Cel.Weldon: É muito importante que o Nordeste tenha criação de cavalos de Hipismo, mas é preciso sentir os benefícios na hora da compra, pois fica muito caro para quem sai da escolinha, ter que comprar cavalo, material, se associar ao clube, tratador, etc. Culturalmente o nosso hipismo é muito amador, ou seja, ele é voltado paras as crianças, por isso, o cavalo novo as vezes não se adequa muito, é preciso que os pais entendam e tenham paciência ao adquirir um cavalo novo, entregar a um profissional para trabalhar e esperar que o cavalo esteja maduro e pronto para ser montado por um jovem cavaleiro.

Dica de Padock: O que você acha que precisa ser feito para melhorar o hipismo no Nordeste?

Cel.Weldon: Nós que fazemos o esporte no Nordeste, enfrentamos muita dificuldade para participar de grandes eventos pela distância que nos separa dos grandes centros, por isso, é importante fortalecer os concursos naionais no norte nordeste, tentar melhorar as premiações, investir nas categorias de base, escolas, etc, inclusive em curso para capacitação de juízes, comissários, armadores, veterinários, instrutores, para que possamos cada vez mais ter um hipismo de melhor qualidade e evoluir tecnicamente.

Dica de Padock: Fique à vontade para fazer outras considerações

 Cel.Weldon:   Agradeço a oportunidade e parabenizo pela iniciativa e a chance de externar nossa opinião sobre os assuntos escolhidos, por sinal bastantes oportunos dentro da nossa realidade hípica.

    Voltei... Tenho uma profunda admiração pelo Cel. Weldon. Suas idéias contribuem para o fortalecimento do nosso hipismo, sua opnião sempre será bem vinda neste novo espaço do hipismo, aliás, como "diz o povo" Wel, Wel, Wel, bom é o Coronel!

terça-feira, 26 de abril de 2011

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL NAS HÍPICAS

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Caros seguidores,
               Muito se fala sobre responsabilidade ambiental. Não poluir, reciclar o lixo e preservar a natureza são temas amplamente discutidos nas mídias. Mas, trazendo para a realidade das hípicas... Quais ações poderiam ajudar para contribuir na preservação do meio ambiente? Posso afirmar com propriedade que toda e qualquer ação que visa melhorar a destinação do lixo, por exemplo, ou dar um destino correto para os resíduos sólidos de uma hípica, demanda tempo e vontade. Mas, acho que algumas idéias são viáveis, pois gastam pouco e ajudam bastante na preservação do meio ambiente, abaixo, posto algumas dicas:


SEPARAR O LIXO DA VETERINÁRIA
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRIzJWsusUIx5TS53FhKEA_Gm3m3HvS5Yo9AUwhV934q0nQrXMB&t=1         Simples de ser feito e bastante eficaz, separar o lixo produzido na veterinária da hípica é duplamente importante, porque evitamos a contaminação de outros animais ou seres humanos pelo contato com as agulhas, e evitamos a contaminação do solo e das plantas com produtos tóxicos. Separe uma garrafa pet, cole um esparadrapo no seu corpo e escreva: somente agulhas. Preserve a tampa e sempre coloque as agulhas dentro da garrafa. Quando estiver cheia, feche com a tampa e coloque em um saco de lixo. Em uma garrafa de 2l cabe em torno de 1.000 agulhas....vai demorar bastante para encher.
Recipientes que possuem resto de medicação não usada ou vencida devem ser esvaziados na pia e depois separados em lixo próprio, vidro ou plástico.Algodões devem ser separados em um único saco plástico.


RECICLAGEM DOS RESÍDUOS DAS COCHEIRAS
    No nordeste ainda se usa muito pouco o adubo produzido com esterco de cavalos. Mas de acordo com o estudo publicado na revista Globo Rural, este adubo é altamente nutritivo para plantas tropicais. Na minha última visita em algumas hípicas de São Paulo, constatei que na cidade de São Bernardo, a prefeitura retira gratuitamente de uma hípica todo o adubo produzido por ela. Qual a destinação? Para o orto florestal municipal. Talvez ainda seja um sonho para nós, mas acredito que no futuro próximo estaremos realizando a mesma coisa.

SEPARAÇÃO DO LIXO COMUM
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    Em Fortaleza ainda não possuímos coleta seletiva gratuita em toda a cidade, mas a prefeitura recebe o lixo separado e premia o contribuinte que isso o faz. Você sabia que se fizermos a separação do lixo em nossas casas, empresas e trazendo para nosso tema, HÍPICAS,  garantimos um desconto de 5% no IPTU? Pode parecer pouco, mas em terrenos de 20 mil metros quadrados, que pagam entre R$ 15.000,000 e R$ 20.000,00...acha que vale a pena? Qual o custo disso? Educar os funcionários e os visitantes.





REUSO DA ÁGUA

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 Você sabia que um cavalo gasta em média 1.000l de água POR DIA? Imagina  reciclar 100% desta água. Em uma hípica com 40 cavalos, no caso do Harafah, ECONOMIZAMOS 40.000L DE ÁGUA POR DIA. CENTO E QUARENTA E QUATRO MILHÕES DE LITROS D’ÁGUA POR ANO!!!! Quanto custa isso? Garanto a vocês, muito barato. A idéia surgiu há um ano, e colocamos em prática no Centro Hípico Harafah. Toda água que sai dos ralos dos coches e da ducha, é encaminhada para um filtro ecológico feito de: Carvão/Areia/Brita. Depois, esta água é armazenada em uma cisterna e com ela molhamos as pistas e plantas.




     Discutir, pesquisar, falar...tudo isso é importante, mas sabe o que realmente importa? FAZER! Faça algo para preservar o meio ambiente, mas faça logo, e comece com coisas possíveis, simples e práticas, sem utopias.  


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sexta-feira, 22 de abril de 2011

GRANDES CAVALOS

       O Blog Dica de Padock estréia o quadro GRANDES CAVALOS. O quadro falará da história de importantes cavalos de salto, famosos ou não. Minha idéia é mostrar cavalos conhecidos, como o Baloubet Du Rouet, estreante do quadro, mas também mostrar cavalos das diversas categorias, escolinhas e outros. Não importa o que estes cavalos ganharam ou saltaram, mas sim o que significaram para seus donos. Para ver seu cavalo no Blog Dica de Padock, mande um email com fotos, vídeos e a história do seu cavalo para: dicadepadock@gmail.com


        
          Hoje falarei de Baloubet Du Rouet, famoso garanhão alazão que serviu à sela de Rodrigo Pessoa durante uma década. Baloubet foi o cavalo mais importante do Brasil, apesar de nunca ter pisado em solo tupiniquim. Dono de uma potência fantástica, este lindo garanhão faturou duas medalhas olímpicas, sendo uma de ouro, e foi três vezes consecutivo campeão da Copa Do Mundo de hipismo FEI. 
http://www.mavericksporthorses.com/resources/Baloubet%20du%20Rouet.jpg 
Quando estive na Bélgica, Neco me contou como viu Baloubet pela primeira vez:  

"Estava em um concurso na França e vi um cavalo alazão montado por uma pessoa muito ruim. O que me chamou a atenção era o quanto que aquele cavalo brigava com a embocadura e dava trabalho para o seu ginete, porém, não sei por que, alguma coisa me chamou a atenção. Por acaso, me ofereceram este cavalo um tempo depois e, por curiosidade resolvi montá-lo, e quando montei disse: Este cavalo será o melhor cavalo do mundo" ... Neco me contou que era motivo de chacota nos concursos, pois tinha que ficar um grande tempo rodando o cavalo antes da prova, para gastá-lo e mesmo assim quando começava o percurso o cavalo dava saltos e "upas". Bem, o tempo passou e a continuação todos sabem. Abaixo posto um vídeo do Neco saltando o Baloubet: 


Depois das olimpíadas de Atlanta, Rodrigo começou a montar Baloubet, foi o início de um casamento perfeito, em pouco tempo, várias vitórias seriam alcaçadas.

http://78.img.v4.skyrock.net/78c/love-of-the-hors/pics/195395363.jpghttp://elevagedevie.pagesperso-orange.fr/chevaux/baloubet%20du%20rouet.jpg


http://www.diariodecuiaba.com.br/conteudo/2005/08/30/229099.jpg          Em 2000, nas Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália, Baloubet refugou três vezes em sua última passagem pela pista, o que causou sua eliminação da competição e lhe tirou uma medalha de ouro, que era considerada certa pela excelente forma em que ele se encontrava na época. O conjunto sequer subiu ao pódio. A pressão sobre Baloubet du Rouet/Rodrigo Pessoa era muito grande, pois o conjunto, que se apresentou no último dia das Olimpíadas, era a maior esperança do Brasil em subir no degrau mais alto do pódio naqueles Jogos. Tanto era, que no dia da competição o jornal O Globo chegou a publicar a seguinte manchete: 'Brasil, a pátria de ferraduras', uma comparação entre o sucesso de Baloubet e o fraco desempenho, à época, da seleção brasileira de futebol. A frase também foi uma lembrança aos bons tempos do esporte bretão, quando o dramaturgo brasileiro Nélson Rodrigues definiu o país como 'Brasil, a pátria de chuteiras'. A consagração de Baloubet du Rouet veio em 2004, nas Olimpíadas de Atenas. Com a desclassificação por uso de doping do conjunto irlandês Waterford Cristal/Cian O'Connor, que havia cometido o menor número de faltas, 4 contra 8 de Baloubet du Rouet/Rodrigo Pessoa, a medalha de ouro finalmente veio para o Brasil. Em razão do resultado antidoping só ter sido divulgado após a competição, a entrega do ouro olímpico para o conjunto foi realizada em 2005, no Rio de Janeiro - Brasil, pelo Jacques Rogge, presidente do Comitê Olimpíco Internacional (COI), na presença de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).


Hoje, Baloubet descança em um centro de reprodução próximo a Bruxelas. Seus filhos têm conquistado vários resultados importantes no circuito internacional, mas igual ao pai, talvez, seja muito difícil.



 Ficha Técnica:

Raça: Sela francês 
Criador: Louis Fardin 
Altura: 170 cm 
Cavaleiro: Rodrigo Pessoa 
Proprietário: Diogo Pereira Coutinho
Idade: 22 anos


http://www.keros.be/userfiles/image/baloubet-10.jpg
       “Ele, um saltador por excelência, de extraordinária beleza, potência e respeito, ele, Baloubet Du Ruet”

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Hipismo está na moda


A Grife Animale, famosa entre  as mulheres, lançou sua nova coleção baseada na Equitação. Trajes muito conhecidos por nós, bem vestidos cavaleiros e amazonas, agora fazem parte das principais vitrines da grife nas grandes cidades. Também encontraremos em suas vitrines, selas, botas, capacetes, fenos, enfim, todos os itens indispensáveis em hípicas e manéges a fora. Para as consumistas de plantão, no final do post abro o link para o site da grife!


No Velho Continente, o mundo equestre é coisa séria: pólo, corrida, salto em obstáculo… são tradições de família – e de marcas como Hermès e Gucci. A última, aliás,  é quem veste Charlotte Casiraghi, filha da Princesa Hereditária de Mônaco (e 4ª na linha de sucessão ao trono), neta de Grace Kelly e amazona.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDS59Fz7BKI5ACnvw_mUSDHpax9a39J-L2pJDPOgNWND_sHAdddWew9cz08gBKkrvgXEY5WoTBYn5EDhOHbjbAxwaQQZ3G6EM75AcZWqU-SaFfy_l4WmwQA7AqVRL08n54jJjxoTEyl-AX/s1600/hermes+outono+inverno+2010-2011.jpg
O patrocínio (que deve durar mais de um ano e se estende também para a equipe de Casiraghi) foi divulgado recentemente, quando Charlotte apareceu com o brasão da grife italiana no lugar do brasão de Mônaco em uma competição em Valência, na Espanha. Também mundialmente famosa por iniciar suas atividades como selaria em 1837, a Hermès lançou sua coleção no ano passado baseada na Equitação, no seu catálogo, cavalos, culotes e selas marcaram presença em todas as páginas. Alíás, encerrou-se neste final de semana o Grande Prêmio Hermès na cidade de Paris - França. Esta mesma prova acontecerá no próximo mês de setembro na cidade de São Paulo, será a primeria vez na história que uma prova da Hermès acontece fora de Paris...ponto pro Brasil!

www.animale.com.br
www.hermes.com 

PROGRAME-SE - Novo calendário FEC 2011

A FEC divulgou nesta térça, 19, as alterações no calendário 2011.


DATA
DESCRIÇÃO
LOCAL
12/02
ABERTURA DA TEMPORADA
CHH
12/03
II ETAPA
EEC
30/04
III ETAPA
CHH
21/05
IV ETAPA
EEC
25-26/06
V ETAPA (CAMPEONATO CEARENSE)
CHH
06/08
VI ETAPA
EEC
30/09
VII ETAPA
CHH
21/10
VIII ETAPA
EEC
26/11
ENCERRAMENTO DO RANKING FEC 2011
CHH
03/12
FESTA OS MELHORES DE 2011
BUFFET

Portanto, depois da Semana Santa, sábado 30 de abril, a partir das 14:00h, teremos a III etapa do ranking FEC no Harafah.

GRANDE PRÊMIO HERMÈS DE PARIS

        No Grand Palais de Paris, um dos mais tradiconais espaços para eventos do mundo, realizou-se neste domingo, o Grande Prêmio do Saute Hermés que distribuiu 200 mil euros em prêmios. Um empate ocorreu no Grande Prêmio do CSI5*, Christian Ahlmann com Taloubet Z, irmão de Baloubet Du Rouet, e Rik Hermeryck com Quarco de Kerambars, filho de Darco. Uma grande surpresa para Fank Rothenberger, curse designer da prova. A prova contou com um desempate habitado por 8 conjuntos, que disputaram ao cronômetro o prize Money. Doda, com Wilbert Z, participou na categoria mais baixa, 1,45m, e ganhou o mini GP.

domingo, 17 de abril de 2011

Cavalo Brasileiro presta?

      Atualmente uma polêmica tomou conta do mundo Equestre. Rodrigo Pessoa, medalha de ouro nos jogos Olímpicos de Athenas, Tri campeão da Copa do Mundo, Campeão do Campeontao Mundial e medalha de ouro por equipes no PAN Rio 2007 e medalha de prata no individual do mesmo PAN, concedeu a seguinte entrevista ao jornal O GLOBO, posto o trecho mais importante da entrevista e volto em seguida...

"O hipismo nacional ainda carece de um bem essencial: bons cavalos"

"Há vários cavaleiros habilidosos que não tem um cavalo à altura, como Francisco Musa. Ele é um dos melhores cavaleiros daqui, tem técnica, é inteligente na pista. O cavalo dele(Xindoctro da raça nacional Brasileiro de Hipismo) é bom, mas ele merece algo melhor."

http://oglobo.globo.com/fotos/2008/08/20/20_MHG_esp_pessoarufus2.jpg"Técnica se aprende, mas precisa de um bom cavalo. É isso que os empresários, os proprietários, os apaixonados por hipismo tem que saber. São eles que precisam investir na compra de cavalos"
"O hipismo nacional ainda carece de um bem essencial: bons cavalos."

Voltei...meus caros, alguém em sã consciência discorda desta afirmação: Precisamos de melhores cavalos, pois nosso plantel ainda é fraco em relação ao Europeu. Bem...a coisa parece um pouco óbvia, o que não entendo é porque diabos a Associação dos criadores do cavalo de hipismo, ABCCH, se doeu e divulgou uma nota reclamando das afirmações do nosso atual técnico da equipe Brasileira. Pois bem, abaixo colo trecho da nota divulgada pela Associação e logo volto...





"Da forma colocada na entrevista a impressão que fica é que no Brasil não temos cavalos de alto nível por culpa da criação nacional, que fica mais fácil ter alguns milhões de dólares e comprar o cavalo ideal para praticar o hipismo de alto nível.
Primeiramente a ABCCH gostaria de expressar que criticas são bem-vindas desde que bem fundamentadas e com propostas de soluções para os problemas, só assim é que podemos aperfeiçoar nossos trabalhos em pro do desenvolvimento da criação nacional.
Reconhecemos que o cavalo Brasileiro de Hipismo pode e deve evoluir em relação a criatórios centenários como o alemão ou o francês, o que não podemos aceitar e desmerecer, o que centenas de criadores Brasileiros estão fazendo para formar uma criação nacional, investindo altas somas de dinheiro tanto na melhoria do cavalo BH, quanto na aquisição de terras, tratores e implementos agrícolas. Gerando milhares de empregos no Brasil, diretamente através de cavaleiros, tratadores, veterinários e indiretamente através da indústria de rações, remédios, selarias, etc."

...Voltei de novo... Meus amigos, que os investimentos no cavalo BH aumentaram, todos concordam, afinal, não só no cavalo mais em todos os setores da economia os investimentos aumentaram e muito nos últimos anos. Agora, fato é: Nos últimos 20 anos, mais de 50% dos cavalos participantes em equipes olímpicas Brasileira, foi formado por cavalos nascidos, criados e treinados na Europa. Este número vem aumentando ano a ano e na equipe de Pequim, apenas 1 cavalo da equipe era genuinamente brasileiro. Bem, algo está errado e acho que nosso grande mestre fala muito bem sobre isso:





Qual a sua avaliação do cavalo Brasileiro de Hipismo, por exemplo?

Nelson Pessoa: Temos uma criação que está regular, de boa qualidade. São cavalos de uma origem, mesmo sem serem a top internacional. Mas está faltando alguma coisa na preparação dos cavalos. Tem algum caminho que não está funcionando bem, porque há muitos cavalos nascido aquí que foram para o estrangeiro e se desenvolveram; os cavalos que ficam não se desenvolvem. Tem cavalos que foram para Colômbia, Venezuela, México, Europa e se saíram bastante bem. Agora todas as nossas equipes não são compostas por nenhum cavalo nascido, criado e treinado aqui.

O senhor foi formado na escola dos militares. Faz falta isso hoje?

Nelson Pessoa: Faz, claro! Há 50 anos dizia que equitação praticada aqui era, em geral, melhor do que hoje em dia. Para cinco cavaleiros daquela época, hoje existem 500. O numero cresceu muito. Entretanto, entre os anos 50 e 60, nós fomos para Europa e tivemos resultados internacionais com cavalos nascidos e criados aqui, o que não acontece hoje. Os cavalos nascidos e criados no Brasil, se vão para Europa não conseguem resultado nenhum. Nos anos 50, o General Eloy, o Coronel Renildo, foram 4º lugar na Olimpíada; ganhamos a Copa da Nações com quatro cavalos brasileiros nascidos, criados e treinados aqui. Hoje em dia isso poderá acontecer porque temos todos cavaleiros criados e formados na Europa, com cavalos europeus também formados na Europa.

Essa ansiedade e pressa na preparação dos cavalos se faz pela necessidade de se fazer os investimento virar lucro?

Nelson Pessoa: É falta de cultura. É falta de as pessoas sentirem que isso faz mal aos cavalos. Estão fazendo uma coisa que está prejudicando a eles mesmos e aos cavalos, apressando a vida esportiva dos cavalos. Os juízes dizem a mesma coisa, mas ninguém toma as providências que devem ser tomadas.


http://www.skooterblog.com/wp-content/uploads/2008/08/cavalo_desenho_04.jpg Falar alguma coisa depois do Neco torna-se desnecessário, mas a conclusão: Nosso sistema está errado, temos que ter a profissionalização do hipismo, regulamentar a profissão de Instrutor de Equitação é a primeira solução para melhorarmos o nível dos nossos cavalos, pois com um trabalho correto e com o crescimento dos investimentos no BH, com certeza no futuro próximo reverteremos este quadro.

Até a próxima!

Estreia do Blog

          Lugar de grandes expectativas, comemorações, ensinamentos, decisões e criação, o padock é um misto de vários acontecimentos em nosso esporte equestre. O Blog Dica de Padock, criado pelo Centro Hípico Harafah, tem como objetivo abrir discussões sobre temas realmente importantes para o hipismo. Assuntos polêmicos, comentários descontraídos e temas atuais, estarão sempre em evidência neste novo ponto de encontro. 

Postarei assuntos diversificados, os quais fazem parte do dia a dia de cavaleiros, instrutores, veterinários, e alunos. Porém, para que tudo isso ganhe corpo e importância preciso da participação dos profissionais da área, amadores ou simplesmente amantes do cavalo, para termos discussões sérias e bem fundamentadas. Todos terão seu espaço no Blog democraticamente, a opinião de todos é bem vinda. O padock é um lugar onde nascem grandes idéias sobre nosso esporte e agora ele está online!