No dia 20 de janeiro de 1997, uma potra nasceu no nosso sítio. Olhava porque achava bonitinha, afinal, existe um neném cavalo feio? Não mesmo! Mas se alguém me perguntasse qual a importância que ela teria na minha vida, eu não saberia dizer...
Bom, isso até 2004.
Que foi quando ela passou a ser minha égua, aquela que, ao primeiro olhar nem era notada no pavilhão, que sempre tentava morder quem chegasse perto, que adorava dar coice em tudo e todos. Fama ruim, não é?
Não foi minha primeira montada, e as outras eram bem diferentes, dóceis e tranqüilas, mas a gente sempre gosta do desafio, do que é mais difícil... E hoje posso dizer que ela foi a mais especial!
Foi montada a primeira vez pelo Zazá e iniciada no hipismo com ele, depois foi montada pelo meu pai, com quem ela aprontou tudo que teve direito antes de se tornar a égua que é hoje.
Levei algumas mordidinhas, mas com o tempo conquistei essa chatinha e com a convivência, ela se tornou uma égua espetacular, tanto na pista como na cocheira, onde o problema era maior. Acho que os veterinários também devem ter algumas experiências não muito agradáveis pra contar, mas aposto que esse jeitinho dela conquistou a todos.
A égua que evoluiu comigo no esporte e que me deu muitas alegrias e vitórias, cada pista era uma felicidade a mais, raramente não estávamos entre os premiados, mas como a grande maioria dos conjuntos do nosso esporte, depois de cinco anos, tivemos nossos problemas que me levaram a tomar a decisão mais difícil, aposentá-la.
Chorei, me chateei, quis desistir do hipismo, até que entrou outra égua na minha vida, mas essa merece um post exclusivo que eu ainda farei, depois pensei melhor e vi que posso não montá-la mais, mas saber que ela continua perto de mim e que ainda vai estar por muito tempo... E chegar à hípica e ver aquela carinha linda me esperando, não tem preço nem tempo em pista que pague!
“Cuide bem do seu amor, seja quem for.”